Saúde
Hábitos saudáveis podem atrasar em até 10 anos casos de câncer
Hábitos saudáveis podem atrasar em até 10 anos casos de câncer entre mulheres e em sete entre homens. Isso é o que revela pesquisa assinada por 13 cientistas de diferentes nacionalidades e publicada no periódico médico britânico The BMJ. Este ano, 625 mil brasileiros devem descobrir que têm a doença.
O Dia Internacional e Nacional de Combate ao Câncer, o doutor Alexandre Gomes reforça a importância de manter uma rotina sem cigarros, com uma dieta balanceada e exercícios regulares e destaca que hábitos saudáveis previnem uma série de doenças, entre elas o câncer.
“Hoje, sabemos que fazer exercícios físicos, seja aeróbio ou anaeróbio, por 40 minutos, quatro vezes por semana, diminui a incidência ou a recorrência do câncer. Há estudos em pacientes com câncer de mama que mostram benefícios na mesma magnitude que o uso de alguns medicamentos”, aponta Alexandre.
O especialista elenca hábitos alimentares que também contribuem para evitar o câncer. “Comer mais frutas e verduras – deixar o prato mais colorido –, assim como diminuir o consumo de carnes vermelhas e enlatados tem um fator protetor contra vários tipos de neoplasia”, orienta.
Gomes explica ainda que tudo o que pode causar um estado inflamatório no corpo, como cigarro e obesidade, por exemplo, são fatores que precisam ser combatidos para diminuir a incidência do câncer.
O oncologista do Sistema Hapvida destaca que atualmente não se consegue estimar em quanto tempo é possível atrasar o aparecimento da neoplasia com tais medidas, entretanto, já foi provado que são medidas eficazes.
Casos – O Brasil deverá registrar 625 mil novos casos de câncer, para cada ano do triênio 2020/2022, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O câncer de pele não melanoma é o mais incidente no país, com 177 mil novos casos estimados. Ele corresponde a 27,1% do total de casos de câncer em homens e 29,5% em mulheres. Considerando-se todos os demais tipos de câncer, os mais frequentes na população são mama e próstata (66 mil casos cada), cólon e reto (41 mil), pulmão (30 mil) e estômago (21 mil).