Internacional
Novo chanceler da Alemanha, Olaf Scholz exclui menção a Deus do juramento de posse
O novo líder alemão, que se declara “feminista convicto”, prometeu “um novo começo” para a Alemanha
Após os 16 anos da democrata-cristã Angela Merkel à frente do governo da Alemanha, tomou posse o social-democrata Olaf Scholz, de centro-esquerda, como o novo chanceler da nação mais rica da Europa, anunciando “um novo começo” para o país.
Durante a cerimônia de posse, Olaf Scholz, de 63 anos, foi repetindo as palavras do juramento ditadas pela presidente do Parlamento, Baerbel Bas:
“Eu prometo que dedicarei minhas energias ao bem-estar do povo alemão, aumentarei seus benefícios, evitarei danos a ele, defenderei a Lei Básica e as leis da Federação, cumprirei meus deveres com consciência e farei justiça a todos”.
Scholz excluiu a última frase do juramento, que, até então, tinha sido respeitada por todos os chanceleres desde 1949, quando a República Federal da Alemanha se construía sobre os escombros da Segunda Guerra Mundial.
A última frase, agora omitida, pedia:
“Que Deus me ajude”.
Descrito como “feminista convicto”, Olaf Scholz nomeou o primeiro gabinete da história alemã com a propalada “igualdade de gêneros”: oito homens e oito mulheres. O novo governo é uma coalização de partidos antes tida como improvável: o Partido Social-Democrata (SPD), o Partido Verde e o Partido Democrático Liberal (FDP).
Olaf Scholz, embora oficialmente não vá precisar de Deus, prometeu “um novo começo” para a Alemanha.
Ele agradeceu a Angela Merkel, da União Democrata Cristã (CDU), “por tudo o que fez”. Merkel, presente na tribuna do Parlamento, foi muito aplaudida – ela sai do governo com a popularidade em alta e com grande prestígio internacional. Depois da cerimônia de posse de Scholz, durante reunião na sede da chancelaria, Angela Merkel lhe pediu que “trabalhe pelo bem do país”.