Internacional
Coreia do Norte dispara projétil não identificado, acusa exército sul-coreano
Governo japonês também condenou lançamento a firmou que ampliará vigilância e segurança na região
A Coreia do Norte lançou um projétil não identificado nas águas da costa leste da Península Coreana, disse o Estado-Maior Conjunto sul-coreano nesta quarta-feira (5).
De acordo com o governo japonês, o projétil pode ter sido um “míssil balístico”, disse nas redes sociais.
A Guarda Costeira do Japão disse que o possível míssil balístico já havia caído no mar às 8h23, horário local, e solicitou a todas as embarcações em trânsito atenção para atualizações.
“É muito lamentável que a Coreia do Norte continue lançando mísseis”, disse o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, a repórteres. “O governo do Japão continuará a intensificar a vigilância”.
Kishida acrescentou que o governo ainda está analisando informações sobre a rota do projétil e onde ele pode ter caído.
Este é o primeiro lançamento de projétil desde que Pyongyang disse que testou com sucesso um novo míssil balístico lançado por submarino (SLBM) em outubro do ano passado.
O teste do míssil submarino veio após semanas de tensão na Península Coreana, que viu uma cooperação crescente entre Pyongyang e Seul, ao mesmo tempo que a ousadia militar aumentava.
No ano passado, o país também acelerou seu programa de teste de armas, incluindo o lançamento no final de setembro do que alegou ser um novo míssil hipersônico. Pyongyang está proibido de testar mísseis balísticos e armas nucleares de acordo com o direito internacional.
O lançamento ocorre poucos dias depois que o líder norte-coreano Kim Jong Un fez um discurso de fim de ano em que admitiu que há um “problema alimentar” no país. O discurso encerrou uma importante reunião de cinco dias do Partido dos Trabalhadores Coreanos.
Kim também elogiou os avanços militares feitos durante seu décimo ano no poder, mas não fez nenhuma menção específica à Coréia do Sul ou aos Estados Unidos, além de uma breve referência às orientações políticas para as relações inter-coreanas e assuntos externos.
Leif-Eric Easley, professor da Universidade Ewha em Seul, disse: “A Coréia do Norte está sinalizando que nem a variante Omicron nem a escassez doméstica de alimentos impedirão seu desenvolvimento agressivo de mísseis”.
“Este teste demonstra o desprezo do regime de Kim pelo sofrimento doméstico. Em vez de receber ajuda humanitária, Pyongyang está violando as resoluções do Conselho de Segurança da ONU de maneiras que merecem mais sanções econômicas”, disse ele.