Internacional
Premiê da Nova Zelândia cancela casamento devido à ômicron
Jacinda Ardern diz que o próprio matrimônio não vai acontecer devido às novas restrições impostas por seu governo para impedir a disseminação da nova variante do coronavírus
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, disse neste domingo (23/01) que seu próprio casamento foi cancelado devido às restrições impostas por seu governo para impedir a disseminação da variante ômicron do coronavírus.
“O meu casamento não vai acontecer. Não sou diferente de milhares de outros neozelandeses afetados pela pandemia. O mais devastador é não poder estar com um ente querido quando este está gravemente doente”, disse a chefe de governo, durante uma entrevista coletiva. “Isso supera em muito qualquer tristeza que eu esteja sentindo.”
Ela se casaria com seu parceiro de longa data, Clarke Gayford, com quem tem uma filha de 2 anos. A premiê, entretanto, não divulgou detalhes sobre quando ou onde a cerimônia deveria acontecer, mas rumores davam conta de que o evento ocorreria brevemente.
A partir da meia-noite deste domingo, entraram em vigor na Nova Zelândia regras mais rígidas sobre o uso de máscara, assim como um limite de frequentadores em eventos.
Bares, restaurantes e celebrações como casamentos devem ter uma afluência máxima de 100 pessoas (25 se não for exigido o certificado de vacinação), o que obrigou a própria primeira-ministra a cancelar a sua festa de matrimônio.
Casos de ômicron
As restrições foram determinadas depois que um foco de nove casos de ômicron confirmou temores sobre transmissão comunitária da variante após ela ter sido detectada pela primeira vez entre membros de uma família que retornaram à Ilha Sul depois de participarem de um casamento para 100 convidados na Ilha Norte no início deste mês. Uma comissária de bordo também testou positivo.
Atualmente, 94% dos neozelandeses maiores de 12 anos já receberam duas doses de da vacina contra a covid-19, enquanto 56% receberam uma terceira dose de reforço.
Com 5 milhões de habitantes, a Nova Zelândia foi uma das nações que agiu mais cedo e com mais medidas para travar a pandemia, tendo conseguido manter o número total de infeções em cerca de 15.550 e as mortes em 52.
As fronteiras do país estão fechadas para estrangeiros desde março de 2020, e o governo também adiou os planos de reabertura em fases de meados de janeiro até o final de fevereiro.
Em outubro, o país havia abandonado a estratégia de “zero covid”, devido ao aumento da vacinação, e adotou um sistema de “semáforos”, que consiste em vários níveis de alerta e restrições que podem ser aplicados por zonas geográficas.