Esporte
Breno Lopes marca e Palmeiras vence a Libertadores
Gol que garantiu vitória foi marcado aos 53 minutos do 2º tempo
Gol que garantiu vitória foi marcado aos 53 minutos do 2º tempo
Um jogador, contratado há menos de dois meses de um time da Série B e longe de ser a grande estrela do elenco do Palmeiras, foi o herói do título mais cobiçado pelo clube nos últimos anos. Breno Lopes marcou de cabeça o gol do título da Copa Libertadores aos 53 minutos do segundo tempo. Graças a ele o time venceu o Santos por 1 a 0, no estádio do Maracanã, neste sábado (30), e garantiu pela segunda vez na história a taça.
Antes de comemorar o título, foi preciso superar um jogo tenso. A final teve poucos chutes no gol e erros a perder de vista. Os donos das duas melhores campanhas da Libertadores estiveram longe do futebol veloz e ofensivo dos 12 jogos anteriores. Em um duelo parado e de poucas emoções, a bola decisiva saiu do pé de Rony e encontrou a cabeça de Breno Lopes, que colocou a bola no contrapé de John.
Foi apenas o segundo gol de Breno Lopes pelo clube. O jogador ex-Juventude tinha marcado pela primeira vez pelo Palmeiras diante do Vasco, na última terça-feira (26), e entrou no segundo tempo para mudar a história da carreira dele e também a trajetória do clube Em um jogo de poucas emoções e muitos candidatos a herói, um dos mais improváveis deles marcou o gol da vitória.
A final da Libertadores frustrou no início pela falta de cuidados com a pandemia e ausência de futebol. Os convidados presentes ao estádio se acomodaram quase todos no mesmo setor e muito próximos entre si. Embora isso tenha garantido o apoio, houve demonstrações claras de desrespeito ao distanciamento social. O locutor do Maracanã fez vários pedidos para que todos usassem máscaras.
Dentro de campo, o forte calor prejudicou o primeiro tempo. O ritmo lento e os muitos erros fizeram as chances de gol sumirem. O Santos começou o jogo mais ofensivo e posicionou os dois laterais como pontas. O Palmeiras controlou esse ímpeto e conseguiu cavar algum espaço no ataque com Rony. Veio dele o único chute da etapa inicial que obrigou um goleiro a trabalhar
O time alviverde teve menos posse de bola, porém conseguiu finalizar com mais perigo no primeiro tempo. Apesar de insistir muito nos chutões. O Santos penou por não ter o brilho de Marinho e Soteldo, ambos muito marcados. Em uma final de várias divididas, trombadas e erros, restava ficar claro quem teria o apetite necessário para jogar futebol e ser campeão.
O desafio no segundo tempo dos times era aprimorar a criação e fazer o setor de meio-campo aparecer. O jogo dependente de chutões, lances individuais e bolas aéreas parecia um reflexo do nervosismo dos finalistas. Pouco mudou. As defesas continuavam prevalecendo. Conforme o tempo passava, as equipes aumentavam o número de faltas e mostravam insegurança para arriscar.
Tensos à beira do gramado, os treinadores demoraram para mexer. As substituições só começaram depois dos 25 minutos do segundo tempo. O Santos conseguiu dar trabalho para Weverton pela primeira vez aos 31, em finalizações consecutivas de Felipe Jonatan e Pituca. Esses lances parecem ter ligado um alerta em campo de que o fim do jogo se aproximava e um gol a partir dali iria encaminhar o título.
A prorrogação era uma realidade quando um desentendimento agitou o jogo. Cuca e Marcos Rocha trocaram empurrões. O jogo parecia fadado ao fim após essa briga quando uma brecha se abriu. Rony puxou um ataque pela esquerda e cruzou para Breno Lopes na área. O atacante pode não ter a categoria de Evair, o renome de Ademir da Guia ou a idolatria de Dudu, mas agora está na história. Graças ao gol dele o Palmeiras voltou a ganhar a Copa Libertadores.