Quem vai prestar concurso, já sabe que terá que enfrentar vários obstáculos: a concorrência, os estudos, o controle de tempo e muito mais. Mas se tem uma dificuldade que é quase unanimidade é o descontrole emocional, a ansiedade, a cobrança de si mesmo. Confira aqui 6 formas de manter o controle emocional no concurso público.
Esse é um tipo de problema mais comum em candidatos que não se prepararam bem para os testes, já que, como não estudaram o suficiente, provavelmente estarão nervosos e inseguros. Mas isso também pode atingir quem estudou bastante, pois a pessoa se cobra mais e se sente mais pressionada a ter um bom resultado.
Essa instabilidade emocional inevitavelmente acaba atrapalhando a concentração e o raciocínio, o que faz com que o candidato não consiga responder às perguntas tão bem quanto faria se estivesse mais calmo. Por isso, estar preparado não só por ter estudado, mas a parte psicológica e emocional também, já é uma boa parte do caminho para quem quer se dar bem num concurso público.
Veja abaixo seguir algumas sugestões para se manter calmo tanto na hora de estudar quanto numa prova. São dicas separadas por especialistas para o site Exame.com:
Para Rachel Almeida, professora do site Concurso Virtual, um jeito simples para relaxar antes e durante a prova é aprender a controlar a sua respiração. “Quando estamos ansiosos, respiramos mais rapidamente, o que comunica ao nosso cérebro que estamos em perigo. Diminuir o ritmo acalma o organismo”.
Outra dica da neurocientista Carla Tieppo, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é expirar no dobro do tempo da inspiração. Se você puxar o ar para dentro por 3 segundos, por exemplo, solte-o em 6.
Muitos candidatos prestam concursos diversos como forma de se preparar melhor para o seu, mesmo que sejam para vagas que não os interessa. Segundo Rachel, a aprovação em qualquer exame, ainda que seja para um emprego que você não deseja assumir, eleva a sua autoestima e neutraliza a crença de que estar entre os classificados é impossível. Pelo mesmo motivo é importante fazer a maior quantidade possível de exercícios e simulados.
Bem-estar físico e mental estão sempre interligados. Por isso, o equilíbrio emocional depende de cuidados constantes com o corpo. Segundo Rachel, boas noites de sono e atividades físicas constantes ajudam a regular os níveis de cortisol, hormônio relacionado com os níveis de estresse e ansiedade.
Pode parecer que não, mas fazer exercícios também ajuda nos estudos: um estudo da University of Illinois mostra que a prática aeróbica desenvolve partes do cérebro ligadas à atenção e à memória.
Para Felipe Lima, da LFG Concursos, também é ajuda bastante se você conseguir manter uma postura mental paciente e generosa. “Procure não ser tão rígido, reconheça as suas pequenas vitórias e saiba persistir de forma otimista”, aconselha.
”Muitas vezes familiares e amigos não compreendem a necessidade das horas a fio que a pessoa passa sobre os livros”, diz Rodrigo Lelis, professor do curso Universo do Concurso-RJ. “Isso para não falar na pressão para que ela seja aprovada, já que está abdicando da vida familiar e às vezes até do emprego para se dedicar aos estudos”.
Para fazer com que todos entendam o seu lado, é importante conversar e falar abertamente, de uma maneira clara e objetiva. Muitas vezes, você só terá paz depois que as pessoas à sua volta entenderem o seu ponto de vista e passarem a respeitá-lo.
Sabemos que a rotina de um estudante não é nada fácil e geralmente exige sacrifícios, mas isso não significa que você deva se privar definitivamente de qualquer coisa em sua vida – ainda mais se for daquilo que lhe faz bem.
Se você gosta de cinema, por exemplo, tente se organizar para assistir a pelo menos um ou dois filmes durante a semana; se adora ir à praia, não deixe de frequentá-la quando possível. “Esses momentos de prazer e relaxamento são fundamentais para aliviar a pressão e não entrar em desespero durante os estudos”, afirma o professor Lelis.
Um sofrimento desnecessário que geralmente afeta muitos concurseiros é a falsa ideia de que a reprovação significa fracasso. Para Paulo Estrella, diretor da Nova Academia do Concurso, a felicidade do candidato não pode depender de uma prova.
“A vida segue, outros concursos virão e você será aprovado quando estiver pronto”, diz ele. “Tudo fica mais leve se você tem consciência da dificuldade da sua missão e aceita a situação temporária em que se encontra”.
Viu só como o concurso público não precisa ser um bicho de sete cabeças? Saiba como manter o controle emocional e esteja preparado na hora da prova.