Saúde
CoronaVac pode ser adaptada à variante ômicron em três meses
O anúncio foi feito durante evento realizado pelo Instituto Butantan, que produz a vacina no Brasil em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech.
O anúncio foi feito durante evento realizado pelo Instituto Butantan, que produz a vacina no Brasil em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech.
Uma nova versão da vacina CoronaVac que seja efetiva contra a recente variante ômicron do SARS-CoV-2 poderá estar disponível em até três meses.
Inicialmente serão feitos testes in vitro de anticorpos neutralizantes contra a nova cepa induzidos pela vacina, que devem ser concluídos em até duas semanas.
“Temos capacidade de fazer 2 mil ensaios por dia para detecção de anticorpos neutralizantes contra múltiplos vírus”, afirmou Yaling Hu, coordenadora dos estudos sobre a vacina na China, durante a abertura de um seminário virtual promovido pelo Instituto Butantan – a instituição produz o imunizante no Brasil em parceira com a indústria farmacêutica chinesa Sinovac Biotech.
Se os testes forem bem-sucedidos, uma fórmula da vacina efetiva contra a ômicron será avaliada em testes clínicos com pacientes de diferentes faixas etárias, estabelecendo cronogramas de imunização e intervalos de tempo de aplicação de uma eventual dose de reforço.
“A capacidade de fornecimento da vacina contra a ômicron pode ser de cerca de 1 a 1,5 bilhão de doses por ano,” acrescentou Hu.
Estudo da covid em Serrana
Durante o evento foram apresentados os últimos resultados de eficácia e segurança do imunizante contra a covid-19 e os fundamentos científicos do Projeto S, realizado na cidade de Serrana (SP).
A efetividade da CoronaVac foi de 80,5% contra casos sintomáticos, 95% contra hospitalizações e 94,9% contra óbitos.
A imunidade coletiva contra casos sintomáticos foi atingida com 52% da população adulta da cidade vacinada.
“A partir da 13ª semana do estudo, quando 52% da população já tinha sido vacinada, começamos a observar uma redução significativa dos casos sintomáticos que perdurou até o final da pesquisa. Isso demonstra que, com 52% da população completamente vacinada, Serrana atingiu a imunidade coletiva,” informou o professor Marcos Borges, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.