Energia solar é estratégica para o processo de descarbonização do planeta

A energia solar, ao lado de outras fontes renováveis, é fundamental para reduzir nossa dependência a combustíveis fósseis, frear o aquecimento global e melhorar a qualidade do ar que respiramos.

Sem dúvida, a descarbonização do planeta é um dos maiores desafios que enfrentaremos na próxima década e exigirá investimentos crescentes para melhoria da nossa infraestrutura energética.

No Brasil, a estimativa é que precisaremos dobrar a capacidade atual da matriz elétrica com mais 180 gigawatts (GW) somente de energia renovável nos próximos 20 anos. 

Apesar de o nosso sistema elétrico ser um dos mais limpos do mundo, somos altamente dependentes de barragens, o que nos torna suscetíveis a mudanças nos regimes de chuvas e obriga o acionamento de usinas termelétricas que, além de mais poluentes, são mais caras e acabam pesando mais no bolso dos consumidores.

Não há dúvidas de que a energia solar é estratégica para diversificar e modernizar nosso sistema elétrico, garantindo nossa autonomia energética e a competitividade das nossas empresas.

Por isso, se você deseja diversificar seus investimentos com projetos de impacto positivo na economia, no meio ambiente e na sociedade, sem abrir mão da rentabilidade e da segurança, este artigo é imperdível.

Nele, você saberá quais são as perspectivas para o setor, sua importância para o desenvolvimento sustentável do mundo e como participar de captações de crowdfunding voltadas à construção e operação de usinas solares em pontos estratégicos do país.

Os tópicos que você iremos abordar são os seguintes:

Fontes renováveis terão protagonismo na energia produzida no planeta

Governos de todo o mundo estão investindo cada vez mais na descarbonização de suas economias, a fim de reduzir sua dependência a recursos escassos e poluentes.

Estudos realizados pela Agência Internacional de Energia Renovável indicam que as fontes limpas, como a energia solar, serão responsáveis por dois terços de toda a produção energética do planeta até 2050, recebendo fluxos recordes de investimentos nesse período.

Como bem afirma uma matéria do Portal Solar:

A fonte solar irá crescer de forma muito acentuada pelos próximos anos e, justamente por não emitir poluentes, a tecnologia será fundamental para a descarbonização e melhora do ar que todos respiramos

O incentivo a projetos de energia renovável é cada vez maior em todas as partes do planeta e, por aqui, a história não é diferente. 

Uma das maiores prioridades do governo federal nos próximos anos será diversificar nossa matriz elétrica para que nossas empresas consigam crescer e gerar os empregos tão necessários para o nosso desenvolvimento econômico.

Essa é justamente a intenção do Marco Legal da Energia Solar que deve ser aprovado em breve pelo Congresso, a fim de dar mais segurança jurídica para novos projetos no setor e, com isso, atrair volumes cada vez maiores de investimentos.

Energia solar tem muito espaço para crescer no Brasil

O Brasil é um dos países mais privilegiados do mundo quando o assunto é incidência de luz solar, o que torna praticamente imbatível nosso potencial de geração de energia fotovoltaica.

Ocorre que essa fonte limpa e renovável de energia, abundante em quase todo o nosso território, ainda é extremamente subutilizada, respondendo por apenas 2,5% da nossa potência instalada, como mostra o gráfico abaixo:

A boa notícia é que a participação dos projetos solares de pequeno e grande porte em nosso sistema elétrico vem crescendo de maneira formidável nos últimos anos, impulsionados não só pelos grandes incentivos concedidos ao certo, mas, sobretudo, pelos constantes aumentos tarifários, que pesam no bolso do consumidor e reduzem nosso crescimento econômico.

De acordo com uma reportagem do Estadão, até 2050, projetos de energia fotovoltaica podem ter um salto extraordinário e alcançar 90 GW de potência instalada, contribuindo decisivamente para a robustez do nosso sistema elétrico:

O avanço [da energia solar] pode ficar entre 27 GW e 90 GW, dependendo do cenário econômico brasileiro. Para alcançar esses números, no entanto, várias usinas e novos modelos de negócios terão de ser desenvolvidos nos próximos anos.

Cenário promissor para investimentos

A energia elétrica cada vez mais cara no Brasil está impulsionando a procura de empresas por usinas solares de geração distribuída.

A geração distribuída é quando a energia é produzida mais perto das unidades consumidoras a partir de fontes renováveis, como a luz solar. As unidades geradoras podem injetar energia no sistema e obter créditos, que podem ser abatidos da conta de outra unidade, desde que sejam atendidas pela mesma distribuidora.

Esse mercado se tornou uma alternativa para empresas que querem fugir dos constantes aumentos tarifários no país, devido ao baixo investimento público no sistema elétrico e aos seus problemas de gestão, agravados pela recente crise hídrica.

Especialistas estimam que, através do aluguel de usinas solares, as empresas conseguem reduzir em até 20% suas faturas de energia, ganhando mais competitividade para crescer e gerar empregos no país.

Nas palavras de Felipe Souto, CEO da Bloxs, plataforma que permite investir em usinas solares através de captações de crowdfunding:

A geração remota significa que o consumidor pode gerar sua energia elétrica em qualquer local e compensar essa energia em outra localidade, desde que a geração e o consumo estejam dentro da mesma rede de distribuição, ou seja, gera-se no interior de Minas Gerais e compensa-se em Belo Horizonte, capital do estado, por exemplo.

Essa alta procura por projetos de geração distribuída, como usinas solares fotovoltaicas, está chamando a atenção dos investidores não só por conta do seu alto potencial de retorno, mas principalmente em razão da sua segurança e consistência na geração de receita no longo prazo.