Para muitas pessoas que tiveram que se submeter a uma amputação, próteses ou membros artificiais fazem parte da vida, exigindo que elas aprendam como seus corpos se movem com seus novos membros.
Mas o truque para aprender a usar um novo membro – e recuperar a confiança no movimento – tem menos a ver com a prótese em si, e mais com a mente, garantem pesquisadores.
Adotando o foco de atenção correto durante a reabilitação, os pacientes podem aprender novas habilidades melhor e mais rapidamente.
“É importante que médicos, protéticos e fisioterapeutas apliquem a ciência mais recente para que seus pacientes possam aprender mais rápido e reter melhor as habilidades que aprenderam,” disse Szu-Ping Lee, da Universidade de Nevada Las Vegas (EUA).
Cinesiologia esportiva
O padrão atual de prática na reabilitação de amputados prioriza instruções focadas internamente, com os pacientes sendo instruídos a mover suas articulações ou contrair seus músculos de maneiras determinadas. E esta é uma mentalidade abaixo do ideal que devemos pensar em mudar, disse Lee.
Esse campo da ciência é conhecido como cinesiologia esportiva.
Para entender como funciona, imagine um jogo de golfe:
Depois de se aproximar da bola e analisar o gramado, você endireita os ombros, alinhando-se para a tacada. Neste ponto, a maioria dos iniciantes se concentra na forma, medindo cada movimento muscular. O processo padrão para reabilitação também é assim, totalmente voltado para um foco interno.
Mas há outro caminho a seguir: Ao invés de priorizarmos o movimento do nosso corpo, focar no trajeto da bola ou simplesmente no buraco lá longe é mais intuitivo e funciona melhor. É disso que os pesquisadores estão falando – o foco está no resultado, não no movimento em si.
“Com o tipo errado de foco ou de instrução sendo usado durante a fisioterapia, as consequências podem ser catastróficas – a perna artificial se torna um peso de papel em um armário,” disse Lee. “Queremos avançar na prática clínica e esse é o objetivo final. Queremos que a fisioterapia fique cada vez melhor para os pacientes.”