ECONOMIA
Mercados abrirão já com a crise no Oriente Médio, o pós-payroll (para valer) e China voltando
Além da agenda econômica, semana começa com eventos que deverão mexer com os mercados
Além da agenda econômica, semana começa com eventos que deverão mexer com os mercados
Afora a agenda econômica da semana no mundo e no Brasil, os mercados na segunda – e nos dias seguintes – devem reagir aos eventos da escalda da crise entre Israel e palestinos, ao pós-payroll e à China voltando do longo feriadão.
Da guerra entre israelenses e o Hamas, na faixa de Gaza, os acontecimentos já em operação com a ‘mão pesada’ de Israel e a possível entrada por terra até a cidade Gaza pode estender a crise à Cisjordânia, e resvalar no Irã e Síria, que declararam apoio aos ataques dos palestinos.
Irã é o principal fornecedor de armas do Hamas, o que a depender das circunstâncias do teatro de guerra e de como o governo de Banjamin Netanyahu vai encarar essa ajuda de agora em diante, a crise pode ser vista como chegando ao Golfo Arábico.
O petróleo deve sentir alguma pressão de alta contando a reação vinda dos árabes, se a retaliação dos israelenses alcançar grande número de civis, em um momento que Israel já havia mantido entendimentos de aproximação com os Emirados e ensaiava o movimento com a Arábia Saudita. Este último sempre foi o maior doador da ajuda humanitária que Gaza recebe.
De todo modo, as condições do cenário neste restante de domingo e a situação da segunda serão mais decisivas para sabermos dos reflexos sobre o petróleo – e o dólar.
Quando à acomodação dos mercados após os dados de empregos dos Estados Unidos, de setembro, não está no horizonte. Após o que parecia ser um desastre para as bolsas, enquanto o dólar disparava, a inversão foi mais ainda surpreendente.
Do susto inicial da criação de 316 mil novas vagas, muito acima das projeções, os economistas passaram a observar que a renda, via massa salarial, não acompanhou.
Se isso de fato tende mesmo a ser visto como fator de neutralização do aumento dos empregos, também neutralizando o possível endurecimento do Federal Serve para 1º de novembro, além das expectativas de mais 0,25 pp de juros, já abrirá a segunda com análises divididas, entre sim e não, de grandes bancos.
O cenário com a China saindo do feriadão semanal está sob os holofotes sobre como Pequim vai voltar a ‘trabalhar’ em relação aos pontos que atormentam sua economia.
Afrouxará ou manterá o nível de irrigação de recursos no mercado via taxas de juros, ou nos compulsórios dos bancos? Como vai ser encarado o ambiente do setor de construção, ainda como consequência da insolvência de Evergrande, após esse hiato do feriadão? E em uma semana sem câmbio, a autoridade vai fazer alguma intervenção para tirar a resistência do dólar frente ao yuan?
Lembrando que entre quinta e sexta a China divulgará dois importantes índices de inflação, ao produtor e consumidor, certamente se espera alguma novidade já para amanhã.