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Semana mais curta: Brasil testa esquema de 4 dias de trabalho
Projeto-piloto visa analisar os impactos dos resultados a partir da mudança proposta
O Brasil está prestes a iniciar um teste revolucionário no mundo corporativo: a adoção da semana com apenas quatro dias de trabalho.
Após quatro meses de planejamento, 22 empresas nacionais participantes do programa 4-Day Week começarão os testes ainda neste mês.
O projeto-piloto visa entender como as empresas se comportam em uma semana de trabalho mais curta, analisando os impactos nos resultados financeiros e no desempenho dos colaboradores.
A iniciativa, que se iniciou na Nova Zelândia, em 2019, expandiu-se para países da Europa, África e Américas, chegando ao Brasil em parceria com a empresa de consultoria Reconnect Happiness at Work.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) está acompanhando o experimento, conduzindo as primeiras pesquisas sobre a implementação da medida no Brasil.
O estudo pretende abordar desafios e benefícios, incluindo a dificuldade para atrair e reter talentos, a melhoria na produtividade e engajamento, além do impacto na qualidade de vida dos colaboradores.
Desafios e objetivos do 4-Day Week
Empresas participantes do projeto destacam a dificuldade em atrair e manter talentos como um dos principais motivos para aderir à iniciativa.
A busca por maior produtividade, engajamento e qualidade de vida dos colaboradores são objetivos claros.
A mudança na abordagem do trabalho visa lidar com a sobrecarga e a falta de pontualidade com prazos, priorizando tarefas, organização e promovendo ambientes de trabalho mais saudáveis.
O relatório ressalta que as empresas comprometidas com a sustentabilidade estão utilizando os testes para transformar como o trabalho é executado.
Os resultados esperados incluem aumento da produtividade e desempenho financeiro, além da melhoria da saúde mental dos funcionários.
Reduzir a rotatividade e atrair talentos também são metas almejadas pelas empresas participantes.
Algumas das companhias que autorizaram a divulgação de seus nomes no projeto 4-Day Week incluem Ab Aeterno, Agência PiU Comunica, Editora MOL, Haze Shift, Hospital Indianópolis, Plongê, Smart Duo, entre outras.
Essas empresas representam diferentes setores da economia, abrindo caminho para uma avaliação abrangente da viabilidade da semana de quatro dias em contextos diversos.
Confira abaixo a lista completa das empresas participantes:
- Ab Aeterno
- Agência PiU Comunica
- Alimentare Nutrição e Serviços Ltda
- Brasil dos Parafusos Comercial Ltda
- Clara Associados
- Clementino & Teixeira Advocacia
- Editora MOL
- Forte Urbano
- GR ASSESSORIA CONTABIL SOCIEDADE SIMPLES
- Greco Design
- Haze Shift
- Hospital Indianópolis
- Innuvem
- Inspira
- Maker Brands
- NOONO Studio
- Plongê
- Smart Duo
- Soma CSC
- Thanks for Sharing
- Oxygen
Experiência de sucesso
Em um exemplo inspirador, a empresa brasileira de soluções em Propriedade Intelectual, LDSOFT, adotou a semana de quatro dias e registrou um aumento de 70% no faturamento em apenas três anos, além de dobrar seu quadro de funcionários.
Esses resultados impressionantes atraíram a atenção da gigante de softwares Vela Latam, que incorporou a LDSOFT ao grupo em 2022, fortalecendo o mercado de lawtechs no Brasil e América Latina.
O case da LDSOFT destaca o potencial transformador da semana de 4 dias e serve como um exemplo encorajador para as empresas participantes do 4-Day Week no Brasil.
O sucesso dessa iniciativa pode moldar o futuro do trabalho no país, influenciando outras empresas a repensarem suas práticas e priorizarem o bem-estar de seus colaboradores.