Conectar-se em uma rede pública de internet é uma prática comum para um em cada cinco (21%) brasileiros que, sem saber, podem acabar expondo sua privacidade, dados pessoais ou colocar em risco o ambiente corporativo da empresa que a pessoa trabalha.
De acordo com um relatório da Kaspersky, a maioria dos internautas no Brasil se preocupa com sua segurança e usam um antivírus, porém eles negligenciam uma ferramenta importante para proteger a navegar na internet: a VPN – apenas 25% deles contam com essa proteção online na América Latina.
Imagine que você precisa ir à padaria de sua preferência e, para isso, precisa atravessar uma grande e movimentada avenida entre a porta da sua casa e a o estabelecimento. Esta via – larga, cheia de pessoas e com muitos cruzamentos (conexões) é a internet que conecta seu celular/notebook ao site da padaria.
A internet pode conectar qualquer um a qualquer estabelecimento ou pessoa no mundo e, portanto, eles também estão conectados com você e podem ver tudo que você faz na área pública. Uma VPN cria um corretor único para você caminhar sem a interferência ou contato com outros – impedindo que a famosa “espiadinha do vizinho” ou o risco de ser vítima de um assalto.
A rede privada é mais importante ainda na era digital, pois todos os sites hoje solicitam acesso aos “cookies”, que são as informações de navegação como histórico de páginas visitadas. Por isso que, quando um internauta faz uma busca como “sapato”, ele(a) passa a receber sugestões de conteúdos e programada relacionada a esse produto.
Porém, hoje, se usam muito mais dados importantes na internet, por exemplo o endereço de casa, trabalho, escolha dos filhos – seja no app para pedir um taxi ou Uber ou para saber o caminho mais rápido para essas localidades.
No entanto, o relatório “A Evolução das Ciberameaças no primeiro trimestre de 2023” da Kaspersky adverte que essas informações não são coletadas apenas para fins promocionais ou de consumo, mas também são vendidas a cibercriminosos. Vale lembrar que, de acordo com uma pesquisa da empresa, menos da metade dos latino-americanos (42%) nega o compartilhamento de sua localização em seus smartphones ou navegadores.
O uso mais comum dessas informações em atividades maliciosas é na falsificação de contas online (quando há o roubo de credenciais online), em fraude de identidade (quando dados de documentos são coletados) ou na criação de golpes personalizados (com temas de interesse da vítima ou o uso de dados pessoais em comunicados que tentam passar um ar de “oficiais, como um e-mail falso bancário, uma multa, IPTU falso).
“A primeira coisa que a maior parte das pessoas faz ao chegar em um restaurante ou cafeteria é pedir a senha da WiFi. Isso basta para permitir o acesso a seus dados por terceiros. Ainda vamos acessar nossas redes sociais para postar uma foto do prato ou da bebida, pagar a conta e pedir o taxi usando o celular – isso tudo conectado a uma rede aberta”, avalia Fabiano Tricarico, diretor geral de produtos de consumo para a América Latina na Kaspersky.
“Infelizmente, o Brasil é o país latino que menos entende como dados são coletados na internet, os riscos e – consequentemente – não entende a importância da proteção digital nesse contexto. Neste contexto, o uso de uma VPN deveria ser obrigatório para evitar uma alta exposição”, completa o executivo.
Além de proteger sua privacidade, os especialistas da Kaspersky compartilham 5 outros motivos pelos quais os usuários digitais devem começar a usar uma VPN.