Saúde
Tai Chi retarda progressão da doença de Parkinson
Já se sabia que a prática do Tai Chi reduz o risco de quedas também em idosos saudáveis.
Já se sabia que a prática do Tai Chi reduz o risco de quedas também em idosos saudáveis.
O Tai Chi, a arte marcial chinesa que envolve sequências de movimentos muito lentos e controlados, pode retardar a progressão da doença de Parkinson.
A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa progressiva que causa tremores e restringe os movimentos, incluindo o conhecido “travamento da marcha”, comumente causador de queda porque o paciente tentar se mover, inicialmente sem sucesso, para a seguir o corpo repentinamente responder ao impulso do movimento.
Para investigar o benefício potencial do Tai Chi para os pacientes, uma equipe internacional de pesquisadores acompanhou a progressão da doença ao longo de cinco anos em 147 pacientes que faziam aulas de Tai Chi duas vezes por semana, além de 187 pacientes que não faziam a prática.
Já se sabia que a prática do Tai Chi reduz o risco de quedas também em idosos saudáveis.
Em todos os critérios de monitoramento, a progressão da doença foi mais lenta entre o grupo de Tai Chi, sendo que aqueles que não participaram das aulas tiveram maior probabilidade de precisar aumentar a medicação para controlar os sintomas.
Embora esta pesquisa não permita estabelecer o mecanismo causal entre as aulas de Tai Chi e a progressão mais lenta da doença, os resultados são robustos o suficiente para encorajar a adoção da prática por pessoas com Parkinson.
“Nosso estudo mostrou que o Tai Chi mantém o efeito benéfico de longo prazo [sobre a doença de Parkinson], indicando os potenciais efeitos modificadores da doença nos sintomas motores e não motores, especialmente na marcha, equilíbrio, sintomas autonômicos e cognição.
[A doença de Parkinson] pode piorar a função motora e os sintomas não motores progressivamente com o tempo, resultando em incapacidade e influenciando a qualidade de vida. O efeito benéfico a longo prazo [sobre a doença] poderia prolongar o tempo sem incapacidade, levando a uma maior qualidade de vida, uma carga menor para os cuidadores e menos uso de drogas,” escreveram Gen Li e seus colegas.