AGRICULTURA & PECUÁRIA
País encerra 2023 com aumento de 491% de casos de ferrugem-asiática
Atualmente, seis estados já reportaram ocorrências do problema. Fatores climáticos estão por trás da maior incidência nesta temporada
Atualmente, seis estados já reportaram ocorrências do problema. Fatores climáticos estão por trás da maior incidência nesta temporada
O Sul do Brasil teve um inverno menos rigoroso, o que favoreceu a emergência da soja voluntária. Assim, as folhas da planta carregaram inóculos da doença mais severa da cultura: a ferrugem-asiática.
Além disso, a safra 2023/24 está sob o efeito do El Niño. O fenômeno climático causou maior volume de chuvas, mas intercaladas com longos veranicos nas principais áreas produtoras da oleaginosa.
Essas condições dificultaram o estabelecimento da soja, levando ao atraso na semeadura. Causou, ainda, necessidade de replantio em diversas áreas produtoras, como em Mato Grosso e na Bahia.
De acordo com a Embrapa Soja, esse cenário explica o grande aumento de casos do problema. Segundo o Consórcio Antiferrugem, até o final de 2023 foram reportadas 130 ocorrências da doença na soja.
Para efeito de comparação, o número é 490,9% superior ao mesmo período de 2022, quando apenas 22 registros de ferrugem-asiática foram feitos.
A safra 2022/23 de soja terminou com 295 casos, com os últimos reportes sendo feitos em abril de 2023.
Se a tendência do atual ciclo continuar, o número de casos do atual ciclo deve se aproximar do obtido em 2020/21, quando 573 ocorrências foram computadas – a maior incidência das últimas cinco temporadas.
Atualmente, os casos estão espalhados em seis estados:
Contudo, na safra passada, 12 estados tiveram registros, também liderados pelo Paraná, com 83 no total.
O foco do agricultor deve ser o de adotar a melhor estratégia de manejo de fungicidas, de acordo com o engenheiro agrônomo e gerente de portfólio nacional de fungicidas para soja na Bayer, Carlos Toscano.
Segundo ele, as medidas mais importantes para a redução dos danos da doença são as seguintes: