AGRICULTURA & PECUÁRIA
Preços da soja no Brasil são derrubados com queda em Chicago
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 12,25 centavos ou 0,88% a US$ 12,56 1/4 por bushel
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 12,25 centavos ou 0,88% a US$ 12,56 1/4 por bushel
O mercado brasileiro de soja manteve, nesta sexta-feira (5), o ritmo lento da semana. Os negócios são pontuais, com pouca oferta disponível.
Os preços caíram, com o recuo do dólar e da Bolsa de Chicago. No entanto, as indicações são nominais. Os produtores não demonstram interesse em negociar nesses patamares.
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais baixos, acentuando a queda semanal.
Foi a terceira semana seguida de perdas, determinadas, principalmente, pela melhora no clima no Brasil. A demanda enfraquecida pelo produto norte-americano completou o cenário negativo.
Com o retorno das chuvas e a previsão de mais precipitações, o sentimento no mercado é de que as perdas no centro-norte do Brasil estariam estancadas, o que resultaria ainda em uma grande oferta na América do Sul.
Safras divulgou hoje sua nova estimativa, contabilizando as perdas em decorrência do clima. A produção brasileira de soja em 2023/24 deverá totalizar 151,356 milhões de toneladas, com
retração de 4,1% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 157,83 milhões de toneladas.
Em 8 de dezembro, data da estimativa anterior, a projeção era de 158,23 milhões de toneladas. A redução sobre a previsão anterior é de 4,34%.
Mas a perda de oferta do Brasil é compensanda pelas perspectivas positivas para os demais países sul-americanos, principalmente na Argentina.
A safra argentina deverá ter um incremento de 30 milhões de toneladas na disponibilidade, após a forte quebra do ano passado, quando mais da metade da produção foi prejudicada pela estiagem.
Diante do avanço da safra sul-americana, os compradores vão deslocando seu interesse dos Estados Unidos para o Brasil, onde os preços são mais competitivos neste momento. O resultado é uma perda de demanda nos Estados Unidos, pesando ainda mais sobre as cotações.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2023/24, com início em 1º de setembro, ficaram em 201.600 toneladas na semana encerrada em 28 de dezembro.
Para a temporada 2024/25, foram mais 600 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 300 mil e 1,150 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas.
Para a próxima semana, os agentes dividirão suas atenções entre o clima no Brasil e o relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na sexta.
O foco do relatório, no entanto, deverá estar voltado para um provável corte na estimativa do USDA para a safra brasileira.
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 12,25 centavos ou 0,88% a US$ 12,56 1/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 12,64 1/4 por bushel, com perda de 12,25 centavos ou 0,95%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 6,80 ou 1,80% a US$ 369,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 47,63 centavos de dólar, com baixa de 0,53 centavo ou 1,10%.
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,71%, sendo negociado a R$ 4,8714 para venda e a R$ 4,8894 para compra.
Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8606 e a máxima de R$ 4,9391. Na semana, o dólar acumulou alta de 0,4% ante o real.