A segunda-feira (01) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações até abriram o pregão em alta, mas flutuaram na faixa entre R$ 59,50 e R$ 63,85 para fechar com recuos de até 1,3%.
O vencimento maio/24 foi cotado à R$ 59,50 com desvalorização de 1,33%, o julho/24 valeu R$ 59,60 com perda de 1,13%, o setembro/24 foi negociado por R$ 61,00 com baixa de 0,55% e o novembro/24 teve valor de R$ 63,85 com baixa de 0,82%.
Para o Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os contratos do milho na B3 acompanharam as baixas de Chicago nesta segunda-feira, mas os fundamentos para o cereal brasileiro seguem sendo positivos, especialmente para o segundo semestre.
“Vamos ter um segundo semestre muito apertado e tem fundamento bom para o milho. O Estados Unidos vai ter menos milho, nós vamos ter menos também e a Ucrânia nem sabe como vai ser a safra lá no meio da guerra ganhando novos patamares”, aponta Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho não apresentou muitas modificações ao longo deste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas em Itapetininga/SP, enquanto a valorização apareceu somente na praça de Sorriso/MT.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, as recentes chuvas têm favorecido o desenvolvimento do milho segunda safra no Brasil, gerando expectativas positivas quanto à produção.
“A semeadura da 2ª temporada 2023/24 está na reta final, enquanto a colheita da safra de verão avança. Atentos aos trabalhos de campo, produtores vêm disponibilizando novos lotes no spot nacional apenas quando há necessidade de fazer caixa”, conforme apontam pesquisadores do Cepea.
“Do lado da demanda, alguns agentes estiveram ativos na última semana, sobretudo os de regiões consumidoras. Apesar disso, os preços do milho recuaram, influenciados pela desvalorização externa do cereal”, diz o Cepea.
Mercado na Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) operou durante todo o dia com os preços internacionais do milho futuro no campo negativo.
O vencimento maio/24 foi cotado à US$ 4,35 com desvalorização de 6,50 pontos, o julho/24 valeu US$ 4,49 com queda de 5,25 pontos, o setembro/24 foi negociado por US$ 4,60 com baixa de 3,75 pontos e o dezembro/24 teve valor de US$ 4,74 com perda de 3,00 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (28), de 1,58% para o maio/24, de 1,10% para o julho/24, de 0,86% para o setembro/24 e de 0,63% para o dezembro/24.
Segundo Brandalizze, os preços do milho em Chicago subiram muito no último pregão de quinta-feira (28), com altas de mais de 15 pontos, os investidores tiveram um pregão de realização de lucros nesta segunda-feira.
“Mesmo assim os fundamentos são positivos. A área plantada deve diminuir bastante nos Estados Unidos, sendo uma das menores em muitos anos”, diz.
